'E Jobs criou a maca' de leitor do Publico

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Uma declaração prévia: O texto principal que se seguirá mais à frente, não é de minha autoria, mas publico-o na mesma, com o devido crédito, pela grande relevância do mesmo acerca do mundo, dos homens, do futebol, da doença e da Tecnologia e a sua analogia, com impacto nisso tudo, dum homem muito particular.


Este pequeno texto enviado por um leitor do Jornal Público, na secção das Cartas à Directora, no dia 6 de Setembro de 2001, é algo extraordinário pois refere-se acerca das virtudes de alguém muito especial, ora considerado genial por uns e/ou temperamentalmente excêntrico por outros. Esta pessoa deixa mesmo um legado inspirador às gerações actuais e vindouras, por altura da sua retirada, embora parcial por motivos de doença maior, à frente da sua empresa que literalmente moldou à sua imagem - É claro que estou a falar de Steve Jobs! :-)


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Isto motivou-me a escrever a propósito, um texto prévio acerca do que acaba por estar sempre em causa.


E interessante e curioso a analogia que o dito leitor faz com a situação miserável que a nossa espécie de 'excelentes' políticos provocaram no nosso país, esforçando-se de facto por fazer empobrecer este Portugal, retirando cada vez mais capacidade de autonomia e independência dos cidadãos face à ruinosa gestão do País, das empresas e até das pessoas. Como povo parece que de facto não funcionamos em conjunto tal como outros... Malditas corporações de interesses de vistas tão estreitas!


É mesmo de revolver o estômago, quando estes personagens bem apresentáveis contribuíram com a sua retórica repetitiva para o longo e pesado definhar duma sociedade e do seu empobrecimento moral, intelectual e mesmo total dependência económica e financeira de quem anda também a medir o dinheiro que empresta para saber que vai ser estourado!

Estes "camaradas de partido" e "amigos do sistema" são sempre, uma vez após outra, os tais que lucram como ninguém com o tráfico de influências e a podridão que de facto defendem, ao mesmo tempo que se dirigem às massas no seu optimismo mais bacoco e demagogo, e totalmente desprovido de vergonha na cara e/ou espírito de mea culpa.
Se cuidar da economia não foi verdadeiramente importante para esta gente, então a sua verve do social também não o seria. É o problemas das primeiras impressões e do que ajuda a "encher bem os ouvidos", pois a economia é nem mais nada menos que "cuidar da casa de todos nós", e isso significa tratar do país como um todo e da sua força económica que é o que permite mesmo sustentar e apoiar a sociedade a quem presta serviço, não o contrário. Não é o Estado que é sempre o pai...

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De facto, tal como como se tem verificado permanentemente, o que importa/ou parece é mesmo sua exclusiva promoção social, sem praticamente conhecer sacrifícios, usufruindo basicamente, senão totalmente, das negociatas fabulosas à volta do Estado de quem se alimenta para enriquecerem as suas vidas de sucesso baseado no modo "carreirista".
Talvez empresas independentes do Estado como a de Jobs não tinham lugar para nascer e se manter aqui, porque o sistema Estatista instalado tudo faria para "institucionalizar" essa saudável irreverência, excelência e espírito de boa organização de recursos e pessoas.

Os tais auto-denominados iluminati acabaram tão só por fazer o pior que pessoas de enorme responsabilidade podem fazer. Além disso, tudo fizeram para manipular tudo e todos na mentira sistemática com o seu tão característico narcisismo, e sem nunca pagar qualquer preço pessoal e profissional, que não só o das eleições. Tavez  só uma valente pancada ou forte rejeição popular em consciência, lhes faça parar por algum tempo, reflectir mesmo e talvez pagar a sua deriva para o elogio da dívida maciça e crónica (diziam que andavam a investir!). A sua alegre celebração da asneira que realmente sufoca estes infelizes cidadãos... diz quase tudo da total má ideia de gestão dum Estado, de Pessoas e da riqueza gerada pela Economia dum País! Esses que gostam de iludir bem as massas de pessoas, que já de si andam preocupadas em construir minimamente a sua vida e não se apercebem da sua falsidade, é que são os verdadeiros bandidos. Malditos sejam! :-(


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Posto isto, ora aqui vai essa tal carta (que se esforça por tentar trazer verdadeiramente alguma luz a isto tudo):


E Jobs criou a maçã

"Quando em Portugal se profere a palavra jobs, pensa-se logo em boys políticos e partidários, e destes nada podemos esperar de relevante para as nossas vidas. Mas quando pensamos em Steve Jobs, chega-nos à memória o homem que está por detrás e à frente do sucesso maior de uma empresa que revoluciona o Mundo e desafiou a inteligência.

Quando recorremos à apple de Jobs, estamos a entrar no fantástico que há na Ciência e na Tecnologia, que mudaram as economias das empresas e dos países, e deu lugar a um Homem Novo. EM Portugal, pelo contrário, quando pronunciamos a palavra "maçã", vem-nos à memória o desabafo leonino sobre um atleta deslocado e que apenas trocou de camisola.

É hoje impossível olhar para uma criança, e não ver nela projectada muito da evolução que as Novas Ciências nos trouxeram e proporcionam, sobre ela pesam, influenciam e educam. Pode até acontecer que dessa criança e desta formação apenas se ganhe um novo atleta, que pouco mais fará do que dar uns pontapés na bola nos palcos mais louvados pelas massas, mas de certeza que a sua formação será maior do que a dos seus antepassados e isso também constitui riqueza. Essa mudança é sinónimo de nova qualidade.

Jobs retira-se em baixo de forma, não intelectual, mas porque a sua saúde não é a melhor. No entanto, a Apple por si criada não enfraqueceu, e não bicho que lhe pegue, porque ele também soube criar o seu sucessor com certificado de garantia, e não se afasta de todo. Ele vai andar por lá, e quem sabe se não vai ser convidado pelo SIED [Sistema Interno de Segurança no nosso país] para produzir um avançado sistema de esuta a jornalistas (...) Moral da história: há apples e apples, há jobs e apples - só depende do país."

Autor: Joaquim A. Moura, Penafiel



Parabéns ao sr. Joaquim que revela muito bem o triste estilo de país em que nos tornamos, não é? E isto feito por gente bem na vida e que goza de plena saúde.... Brrrrr!

Espero que tenham gostado.
;-)
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